A temperatura média da Terra gira em torno de 15º C. Isso ocorre porque
gases, como o dióxido de carbono, o metano e o vapor de água na nossa
atmosfera, formam uma camada que aprisiona parte do calor do Sol. Se não fossem
esses gases, a Terra seria um ambiente gelado, com temperatura média de -17º C.
Este fenómeno é chamado de «efeito estufa». Este efeito é o que permite que a
vida na Terra tenha tamanha diversidade.
No entanto, nos últimos 100 anos, começámos a usar intensivamente os produtos energéticos acumulados pelo
nosso planeta durante milhões de anos em forma de carvão mineral, petróleo e
gás natural. As florestas, grandes depósitos de carbono, começaram a ser
destruídas e queimadas cada vez mais rapidamente. Todos os gases deste consumo
têm ido para a atmosfera, intensificando o efeito estufa.
O agravamento do efeito estufa, provoca desastres naturais como tufões, tornados, furacões, ciclones, grandes tempestades, assim como grandes secas que duram anos. O conhecido «Katrina» é uma consequência deste fenómeno. O ser humano é o grande responsável por esta situação. O nosso planeta tem-nos respondido, mostrado o seu temperamento.
Este é o maior desafio do século XXI. Como cuidar destas mudanças climáticas?
Os cientistas parece não se entenderem. Os governos, menos ainda. Uma coisa
é certa. Após o tsunami de 26 de Dezembro de 2004, a ONU
divulgou um estudo mostrando que os desastres naturais aumentaram 60% em
relação à década passada. Sabemos isso, temos consciência disso,
pois quase todas as semanas temos notícias de desastres em algum ponto do
globo.
Para nossa surpresa, há outros cientistas que estão a descobrir que uma
parte considerável do excesso de calor existente no planeta, afinal parece que
não está apenas a vir de cima para baixo, como resultado do tal efeito de estufa
e, como se esperava, fruto de uma mudança atmosférica oriunda da poluição e
outros abusos.
Segundo esses cientistas, o excesso de calor que provoca as mudanças
climáticas também chegam de baixo para cima, algo no qual o ser humano não tem a
menor participação.
O planeta está a aquecer de dentro para fora. É como se
no centro da Terra houvesse um reator nuclear descontrolado, e o magma
(normalmente em estado de plasma) já está em estado líquido, o que prenuncia
mais e mais erupções de vulcões e outros desastres naturais, como terramotos,
tsunamis, maremotos, trombas de água e outros, como já aconteceu no ano
passado. Chegaram a estar ativos em simultâneo 12 vulcões em todo o mundo.
Então, o que está a causar essa perturbação no magma, no centro do nosso
planeta? Parece que são as atividades nos campos magnéticos. Ninguém tem a certeza.
Sabem apenas que desde 1992 o nosso Sol simplesmente piorou, emitindo tais quantidades de energias que afecta concretamente o magma do nosso planeta. Por exemplo, descobriu-se recentemente que o planeta Saturno criou à sua volta mais um anel.
Dados científicos enviados pela sonda 'Ulisses' dizem que o Sol mudou o seu campo magnético, causando perturbações nos planetas do seu sistema solar. A Terra, está bem próxima, como sabem. Se continuássemos com este raciocínio iríamos, inevitavelmente, cair no já famoso dossier «2012» e a inversão das atuais massas polares e magnéticas. Não pretendo ir por aí.
Parece-me que
estamos tipo
sanduíche. A crosta da
Terra, onde vivemos, está a receber essas duas pressões: de cima para baixo e de baixo para cima. Estamos no meio.
Para além de fazermos a nossa parte no dia-a-dia, que esforço extra podemos
fazer, para ajudar o nosso planeta?
Acredito que
enquanto estivermos conscientes apenas ao nível da ecologia, que sendo importante, poucas coisas
mudarão. Será uma ajuda, mas relativamente pequena para a atual massa crítica
do planeta.
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