Universo Inteligente
segunda-feira, 19 de março de 2012
Descoberta uma nova espécie humana na China
Investigadores australianos e
chineses relatam na revista Public Library of Sciences ONE como ao
analisarem fósseis descobertos em 1979 na caverna de Loglin, na província de
Guangxi, no sudoeste da China, se depararam com o que tudo indica ser um humano
anatomicamente diferente de tudo o que foi descrito até agora.
Tem ossos espessos, arcadas supraciliares salientes, um rosto espalmado e curto e um queixo tipicamente humano. “Resumindo, é anatomicamente único entre todos os membros da árvore evolutiva humana”, disse Darren Cumoe, à revista New Scientist. O investigador pertence à Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália e é o principal autor do trabalho.
Outros destes fósseis, que têm entre 14.300 e 11.500 anos, foram recuperados noutra gruta próxima, em Maludong ou Caverna do Veado Vermelho – porque lá se encontram vestígios a indicar que os seus ocupantes tinham um fraco por carne de veado vermelho gigante, hoje extinto, diz o Guardian. Estes, são os fósseis mais recentes que se conhece, que parecem ser de uma espécie de humanos que não a nossa.
Os cientistas batizaram informalmente esta população como o “povo do veado vermelho”, mas não têm uma visão clara de como a inserir na árvore genealógica da evolução humana, que nos últimos anos se tornou uma história muito mais complicada.
A descoberta de genes de Neandertal no nosso genoma, em 2010, tornou a história definitivamente baralhada. Toda a gente que não seja de descendência recente africana tem entre um e 4% de genes destes nossos primos europeus, hoje extintos. A tendência é para encarar o Homo sapiens hoje como um mosaico, o produto de uma história evolutiva na qual se podem ter cruzado várias linhagens, entretanto desaparecidas, mas que podem ter deixado alguns traços no nosso ADN. Somos hoje os únicos herdeiros de uma história evolutiva que no passado foi muito mais rica, onde várias espécies de humanos terão coexistido.
Os fósseis agora identificados podem estar relacionados com alguns dos membros mais longínquos da nossa espécie, que evoluiu em Àfrica, há cerca de 200 mil anos – algum grupo terá chegado à Ásia e China. Curnoe disse à New Scientist preferir a ideia de que o povo do veado vermelho seja uma nova linha evolutiva, que surgiu no Leste da Ásia, e viveu em paralelo com a nossa espécie.
Tem ossos espessos, arcadas supraciliares salientes, um rosto espalmado e curto e um queixo tipicamente humano. “Resumindo, é anatomicamente único entre todos os membros da árvore evolutiva humana”, disse Darren Cumoe, à revista New Scientist. O investigador pertence à Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália e é o principal autor do trabalho.
Outros destes fósseis, que têm entre 14.300 e 11.500 anos, foram recuperados noutra gruta próxima, em Maludong ou Caverna do Veado Vermelho – porque lá se encontram vestígios a indicar que os seus ocupantes tinham um fraco por carne de veado vermelho gigante, hoje extinto, diz o Guardian. Estes, são os fósseis mais recentes que se conhece, que parecem ser de uma espécie de humanos que não a nossa.
Os cientistas batizaram informalmente esta população como o “povo do veado vermelho”, mas não têm uma visão clara de como a inserir na árvore genealógica da evolução humana, que nos últimos anos se tornou uma história muito mais complicada.
A descoberta de genes de Neandertal no nosso genoma, em 2010, tornou a história definitivamente baralhada. Toda a gente que não seja de descendência recente africana tem entre um e 4% de genes destes nossos primos europeus, hoje extintos. A tendência é para encarar o Homo sapiens hoje como um mosaico, o produto de uma história evolutiva na qual se podem ter cruzado várias linhagens, entretanto desaparecidas, mas que podem ter deixado alguns traços no nosso ADN. Somos hoje os únicos herdeiros de uma história evolutiva que no passado foi muito mais rica, onde várias espécies de humanos terão coexistido.
Os fósseis agora identificados podem estar relacionados com alguns dos membros mais longínquos da nossa espécie, que evoluiu em Àfrica, há cerca de 200 mil anos – algum grupo terá chegado à Ásia e China. Curnoe disse à New Scientist preferir a ideia de que o povo do veado vermelho seja uma nova linha evolutiva, que surgiu no Leste da Ásia, e viveu em paralelo com a nossa espécie.
terça-feira, 13 de março de 2012
Bases do ADN podem ter sido criadas fora da Terra
Investigadores da NASA encontraram alguns blocos de DNA em meteoritos, levantando-se a hipótese que a molécula que transporta as instruções genéticas para a vida, o ADN, foi provavelmente criado fora da Terra.
A pesquisa vem apoiar a teoria de que um
"kit" de peças já feitas de ADN, criadas no espaço, depositadas na Terra
através da queda de meteoritos e cometas que colidiram com o nosso planeta,
cujo resultado foi a origem de vida no nosso planeta.
Na
realidade, esta teoria não é novidade pois vários cientistas designados de
exobiólogos têm já descoberto componentes de DNA em meteoritos desde 1960 e
pesquisado se realmente são criados no espaço ou o resultado de contaminação
pela vida terrestre.
Esta noticia
revela dados novos, pelo facto dos compostos orgânicos encontrados serem mais
completos e por isso mais difíceis de serem criados por contaminação na Terra,
apresentando a NASA três linhas de evidência:
- Nesta pesquisa foram agora encontrados dois
nucleótidos análogos da adenina e da guanina, que são componentes do DNA e
pertencem à classe das purinas. O interessante é que a molécula de ADN, na sua
forma espiral que lhe é característica,
as purinas não se ligam entre eles, mas sim a outros dois que lhe são
complementares na cadeia de ADN, que é a adenina e a citosina que são pirimidinas
e portanto foram encontradas peças que perfazem metade da “escada” do ADN .Os
aminoácidos Hipoxantina e xantina não são encontrados juntos ao ADN, como é o
caso das histonas, no entanto na vida, tal como se conhece na Terra, são
utilizados noutros processos biológicos.A descoberta de moléculas semelhantes
aos nucleótidos presentes no ADN, catalogadas como 2,6-diaminopurina, e 6,8
diaminopurina, raramente surgem na biologia terrestre conhecida, ou seja há
apenas um organismo conhecido que contém a primeira, o vírus Cianófago S-2L .
- A química tem vindo a dar respostas de que o
interior dos asteroides e cometas é capaz de fazer blocos de construção essenciais
de ADN, desde que possuam os elementos químicos necessários. Investigadores da
NASA conseguiram criar um conjunto idêntico de nucleótidos e nucleótidos análogos
em reações não-biológicas, eminentemente químicas utilizando cianeto de
hidrogénio, amónia e água.
domingo, 11 de março de 2012
Transístor de papel
Um grande avanço da tecnologia e em Portugal foi na área dos transístores, onde uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), conseguiu tornar o papel parte integrante de um transístor, usando-o como isolante, em vez do tradicional silício, um projeto designado "Invisible".
Esta criação portuguesa poderá ser
usada em variadíssimas aplicações, entre elas, no campo da eletrónica
descartável, em ecrãs, etiquetas e pacotes inteligentes ou aplicações médicas
na área dos bio-sensores. Um exemplo prático e promissor é por exemplo num teste de gravidez ou de glicemia, onde utilizamos uma tira de papel que cria uma reação química, cuja interpretação feita com um transístor descartável lá existente seria possível obter informações complementares a partir desses testes.
Esta criação venceu uma das Bolsas
Avançadas do European Research Council, no valor de 2,25 milhões de euros e
transportou o nome de Portugal para as primeiras páginas de vários jornais e
revistas de todo o mundo.
Vantagens e desvantagens
Segundo a cientista que lidera a
equipa de investigação, Elvira Fortunato, o transístor coloca-se sobre o papel
uma camada de óxido semicondutor - no caso, óxido de zinco.
O papel assume duas funções: é o isolante elétrico do transístor e também o seu suporte físico. Além disso, o papel dado as suas características naturais constitui-se um suporte flexível para o transístor, muito mais leve e mais fino.
O papel assume duas funções: é o isolante elétrico do transístor e também o seu suporte físico. Além disso, o papel dado as suas características naturais constitui-se um suporte flexível para o transístor, muito mais leve e mais fino.
No silício, a camada de semicondutores tem 500 micrômetros de espessura, enquanto a camada de óxido de zinco sobre o papel tem apenas alguns nanômetros. A principal desvantagem é ser menos resistente que o silício,
A mesma equipa desenvolveu recentemente, com a Samsung, uma nova geração de ecrãs planos transparentes baseada na descoberta de um novo material semicondutor para os transístores constituído por óxidos, como o óxido de zinco.
É um ecrã de toque e é alimentado por um painel
fotovoltaico que converte luz ambiente em energia elétrica (o retângulo
preto no canto superior esquerdo do ecrã na foto).A Samsung prevê aplicações comerciais para esta tecnologia ainda para este ano. As janelas, os espelhos, etc, vão tornar-se no que só víamos em ficção-cientifica.
Esta tecnologia dará vida ao papel e a continuar a desenvolver-se e expandir-se, dentro de
alguns anos, veremos rótulos animados de produtos de supermercado (à
semelhança do que acontecia nos filmes do Harry Potter, mas sem magia) e estas baterias
poderão estar dentro de pacientes alimentado, por exemplo, pacemakers a
partir dos fluidos do próprio corpo, de entre muitas outras aplicações. Segundo
a investigadora Elvira Fortunato, funciona embebendo-se o papel num material semi-condutor (que
existe em cremes corporais) e imprimindo-lhe os componentes, podendo mesmo usar-se
as impressoras comuns para imprimir os componentes no papel, ou seja, sem necessitar de qualquer tipo de fios.
Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?
A pergunta tal como está
colocada trata o ovo e a galinha como dois seres diferentes, o que está errado
pois o ovo e a galinha são o mesmo ser, em diferentes estádios de
desenvolvimento. O ovo representa a fase de gestação do embrião de galinha
e a galinha, a fase adulta do
mesmo indivíduo após o nascimento.
Se lermos a pergunta com
atenção, constatamos que só poderemos falar de quem nasceu primeiro, ou seja, daquele
que já saiu do ovo (após eclosão do ovo) e portanto a resposta óbvia é a
galinha e nunca o embrião de galinha.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Embrião com seis dias
Nesta altura o embrião encontra-se na fase germinal (2 primeiras semanas após a fecundação),
nomeadamente na segmentação,
caraterizando-se como zigoto embrionário monodérmico. Esta fase corresponde ao
período que decorre durante o percurso que o zigoto faz, desde a trompa de
Falópio até ao útero, no aparelho sexual feminino.
Cerca de
24h após a fecundação, o zigoto sofre a primeira clivagem. A partir daí, as divisões
celulares prosseguem com rapidez. Os ciclos mitóticos produzem um corpo
celular sólido denominado mórula. A massa deste permanece
constante, de modo que cada uma das células fica menor a cada ciclo de divisão
celular.
Enquanto a
mórula atravessa a trompa, o folículo pós-ovulatório (localizado no ovário)
transforma-se no corpo lúteo e o ciclo ovárico da mãe entra na fase luteínica.
Cerca de
três dias após a fecundação ter ocorrido, o embrião chega ao útero, onde
permanece livre por cerca de mais três dias. A mórula flutua livremente no
lúmen do útero e é nutrida por secreções uterinas, enquanto se desenvolve até à
forma embrionária denominada blastocisto.Após esse período,
fixa-se ao endométrio, num processo designado por nidação.
domingo, 4 de março de 2012
Fungo que decompõe o plástico
Os alunos de Yale descobriram na Amazónia um fungo capaz
de degradar o plástico, o Pestalotiopsis Microspora. É uma espécie
de fungo que pode ser encontrada em muitas regiões do mundo que consegue decompor
o plástico comum, em poliuretano e num ambiente anaeróbico (sem oxigénio).
O estudo completo será publicado no Journal of Applied
and Environmental Microbiology de Setembro de 2012
Abstract
Bioremediation
is an important approach to waste reduction that relies on biological processes
to break down a variety of pollutants. This is made possible by the vast
metabolic diversity of the microbial world. To explore this diversity for the
breakdown of plastic, we screened several dozen endophytic fungi for their
ability to degrade the synthetic polymer polyester polyurethane (PUR). Several
organisms demonstrated the ability to efficiently degrade PUR in both solid and
liquid suspensions. Particularly robust activity was observed among several
isolates in the genus Pestalotiopsis, although it was not a universal feature
of this genus. Two Pestalotiopsis microspora isolates were uniquely able to
grow on PUR as the sole carbon source under both aerobic and anaerobic
conditions. Molecular characterization of this activity suggests that a serine
hydrolase is responsible for degradation of PUR. The broad distribution of
activity observed and the unprecedented case of anaerobic growth using PUR as
the sole carbon source suggest that endophytes are a promising source of
biodiversity from which to screen for metabolic properties useful for
bioremediation
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